Evolução
O meio exterior e os hábitos provocam mudanças no ser, tudo o que existe sobre a terra esta sujeito a adaptação; ou seja uma mudança numa coisa, modifica outra, e os seres vivos são muito adaptáveis, e a adaptação leva a variação. Também a descendência genética é outro fator que leva a adaptação, acredita na idéia de progresso, melhoria e evolução, exceto aqueles casos onde o acúmulo de adaptações acarretou o desaparecimento de muitas espécies.
A luta pela sobrevivência e o medo do desconhecido são incessante, a morte está sempre pronta e só sobrevivem e multiplicam-se os seres fortes e sãos. A sobrevivência do homem depende mais do aprendizado do que do instinto. As ações consideradas irracionais semelhantes às orientações e reações de abelhas, aranhas e outros insetos as quais se dá o nome de instinto são inatas, herdadas, nascem com o indivíduo.
Símbolos, informações aprendidas e passadas de pai para filho caracterizam a cultura ou seja o saber e o poder que modificam a natureza. Onde há homem há cultura, há linguagem desenvolvida essa é a essência do humano.
Em primatas, a quantidade de informação não-herdada é grande, principalmente em espécies evoluídas, como o homem. As informações são transmitidas de uma geração para outra através do ensino e da aprendizagem.
Entre essas informações estão as que contamos no poema do macaco: a caça de térmitas (tipo de cupim) feita por chimpanzés; a lavagem das batatas na água do mar (será que eles estão temperando o alimento?) feita pelos macacos japoneses (Macaca). Esses e outros tipos de macaco, como o macaco-prego (Cebus), do Brasil, também usam pedras para quebrar sementes.
Muitos antropólogos já pensaram em distinguir o homem dos animais por sua habilidade (manual) e capacidade de fabricar objetos, contudo essa distinção não é tão exata, o que se pode ver quando contemplamos as construções animais sejam vespas, aves ou castores. Contudo o repertório de técnicas e habilidades na espécie humana ainda é o maior conhecido.
Cozinhar alimentos é uma das grandes diferenças entre homens e animais, entre o mundo da natureza e o mundo da cultura, transmitido de pai para filho. Quem disse isso foi o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss. Ele estudou comunidades indígenas, inclusive brasileiras.
Lévi-Strauss observa que o poder da cultura é uma conseqüência do uso da linguagem e símbolos. Ele estudou cuidadosamente o conhecimento dos indígenas e disse que é tão rico e variado como de qualquer outra cultura, porém diferem em especificidades.
A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada uma destas dimensões por si só muito ampla, o conhecimento antropológico geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certos aspectos a serem privilegiados como a “Antropologia Física ou Biológica” (aspectos genéticos e biológicos do homem), “Antropologia Social” (organização social e política, parentesco, instituições sociais…), “Antropologia Cultural” (sistemas simbólicos, religião, comportamento…) e “Arqueologia” (estuda a existência e a cultura de grupos humanos desaparecidos através dos vestígios materiais, entre outros). Além disso podemos utilizar termos como Antropologia, Etnologia e Etnografia para distinguir diferentes níveis de análise ou tradições acadêmicas.
A etnografia corresponde aos primeiros estágios da pesquisa: observação e descrição, trabalho de campo”. A etnologia, com relação à etnografia, seria “um primeiro passo em direção à síntese e a antropologia uma segunda e última etapa da síntese, tomando por base as conclusões da etnografia e da etnologia.
Qualquer que seja a definição adotada é possível entender a antropologia como uma forma de conhecimento sobre a diversidade cultural, isto é, a busca de respostas para entendermos o que somos a partir do espelho fornecido pelo “Outro”; uma maneira de se situar na fronteira de vários mundos sociais e culturais, abrindo janelas entre eles, através das quais podemos alargar nossas possibilidades de sentir, agir e refletir sobre o que, afinal de contas, nos torna seres singulares, humanos.
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Eloir Antônio Oliveira da Silva
Formado em Filosofia/UFPel – Desenho e Computação Gráfica/UFPel – Especialista em Gráfica Digital/UFPel – Discente no Bacharelado de Artes Visuais/UFPel