Considerado pelos ecologistas um embuste bem sucedido, a ministra do Meio Ambiente Izabelle Teixeira juntamente com a presidenta Dilma Rousseff, nomearam Curt Trennepohl para a presidência do Ibama, uma articulação política do governo que sem escrúpulos admite alguém sem conhecimentos técnicos sobre o meio ambiente, ou seja um bacharel em Direito pela Faculdade de Santo Ângelo, sendo tido apenas como um testa de ferro do governo para implantar a qualquer custo a usina de Belo Monte.
No vídeo acima em uma entrevista à repórter do programa 60 Minutos da Austrália, Curt Trennepohl, fala que a decisão de autorizar a construção da usina Belo Monte prevalece o fato do País precisar de mais energia, Curt ainda diz que a função do Ibama não é de proteger o meio ambiente, mas minimizar os impactos que ele sofre. A repórter enfrentou-o perguntando se ele consegue dormir, a resposta foi sim, então ela revida dizendo que as populações indígenas que vivem nas proximidades do rio Xingu não conseguem devido a decisão dele.
Com certeza o nome do Ibama e do seu presidente Curt Trennepohl ficarão marcados na história do país, podemos dizer que a decisão causará um impacto para futuras gerações. Como presidente de um órgão que tem por ofício a proteção do meio ambiente e nele a salva guarda dos que o residem, simplesmente por motivos capitalistas permitirá que ocorra um mega desastre ambiental, prejudicando não só a fauna e a flora, mas principalmente os povos tradicionais que vivem há anos no local.
O mais curioso é que para as populações tradicionais, tais como; pescadores artesanais, graniteiros, carvoeiros, produtores rurais, etc… o Ibama é intransigente e coercitivo, já com os interesses de empreiteiras, lobistas e colarinhos brancos tudo pode ser possível, ou seja, dois pesos e duas medidas.
Por: Cátia Simone da Silva
Discente Bacharelado de Antropologia/UFPel
Dizer que o governo não tem escrupulos (receio de errar) é uma leviandade, todos criticam o governo como insensível as questões ambientais, quando na verdade é um governo que busca soluções para um País emergente no ambito da economia mundial, levando em conta sim as questões ambientais juntamente com as econômicas já que no mundo real ninguém vive de utopias ecológicas.
Belo Monte é apenas uma dentre as tantas usinas hidroelétricas que serão construídas na Região Norte. A pergunta é: a que preço e para que tipo de desenvolvimento? Será que compensa? Muitos especialistas dizem que do ponto de vista econômico, ambiental e social é inviável. Há alternativas: por exemplo: as energias renováveis podem gerar empregos, são menos impactantes e inclusivas. Então, qual o desenvolvimento que queremos? Estamos em uma época em que preservar recursos naturais é ter lastro. Se temos a chance de preservar recursos, impedir grandes deslocamentos de pessoas de suas terras, gerar energia a partir de fontes renováveis, por que investir em “elefantes brancos”? Deveríamos incluir a realidade de nosso país e nossos talentos em um contexto econômico e social mundial, aí sim, teríamos um país que olha para si e caminha para a frente.