Como diz o velho jargão “Um povo que não conhece a sua história está fadado a repetir os mesmos erros do passado”

Na cidade de Rio Grande, localizada ao sul do Rio Grande do Sul, Brasil, o prefeito Fábio Branco e o comandante do 6º GAC lançaram a pedra fundamental do monumento que pretende homenagear o Golbery do Couto e Silva, ele foi um dos principais elaboradores do Golpe Cívico-Militar de 1964 que naufragou o país em 21 anos de crimes hediondos, dentre eles cerca de 500 desaparições forçadas até hoje sem esclarecimento.

Foi Couto e Silva que, em 1952, ingressou na versão brasileira da Escola Superior de Guerra dos Estados Unidos (o War College) passando a conspirar contra todos os governos anteriores à ditadura. Como golpista, seu currículo é vasto: em 55, articulou a “Novembrada”, para impedir a posse de Juscelino Kubistchek (e foi preso por isso); em 61, inventou uma fórmula parlamentarista para esvaziar o poder do presidente João Goulart, enfraquecendo as instituições democráticas e constitucionais vigentes; em 62, assumiu o comando do IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), uma entidade mantida pelos setores conservadores para, através de vasto material de propaganda, disseminar a paranóia anticomunista no Brasil (o IPES anunciava que Jango e Brizola estariam arquitetando uma revolução bolchevique no país); em 64, foi golpista de primeira hora no movimento militar que depôs Goulart; no mesmo ano, já sob a ditadura de Castelo Branco, Golbery transferiu o gigantesco centro de espionagem e monitoramento político do IPES para o Serviço Nacional de Informações, o SNI, órgão responsável por levantar a vida de milhares de brasileiros, caçando os “inimigos da pátria” e moendo-os nas máquinas de triturar gente criadas pelo próprio Estado. Golbery também foi o principal defensor da Doutrina de Segurança Nacional, baseada no dueto segurança-desenvolvimento (e seu conceito oculto, a antidemocracia).

Quando o general propôs a distensão política, no final dos anos 70, a ditadura que ele mesmo ajudou a criar e fomentar já havia desaparecido com centenas de pessoas, preso e torturado outras milhares e impelido a maioria dos brasileiros ao fino gargalo econômico da miséria pós-Milagre.

É este senhor que será relembrado, com galardões de santo – na mesma praça onde estão o Marquês de Tamandaré, Jesus Cristo e Napoleão –, como herói nacional, exemplo de civismo e rio-grandinidade. A menos que manifestemos opinião contrária. Assine este abaixo-assinado e expresse seu repúdio à instalação do monumento em homenagem ao General Golbery do Couto e Silva, pai do SNI e responsável – direto ou indireto – por 21 anos de ditadura.

Seu apoio é indispensável.

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N13643

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