Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Inpa, avaliou o efeito da ocupação dos índios Yanomami sobre os ecossistemas na floresta e alteração nos processos de regeneração na área ocupada.
O aluno de mestrado do programa de pós-graduação em ecologia, Maurice Seiji Tomioka Nilsson, desenvolveu o estudo Mobilidade Yanomami e os efeitos à paisagem florestal de seu território”. A tribo tem a mobilidade como característica, são conhecidos como coletores-caçadores e agricultores. “Não se trata apenas da busca de área fértil para cultivo, mas também para a caça, para a sobrevivência”, explicou o pesquisador.
Imagens de quatro épocas distintas foram analisadas, com intervalos de sete anos. Os locais com clareiras foram relacionados com a situação demográfica dos grupos. “Segundo a tese de Bruce Albert, os deslocamentos são explicados pela maneira como os Yanomami interpretam a morte e a doença, o que determina as alianças intercomunitárias; a morte de algum indivíduo os leva a mudar”, afirmou Nilsson.
“Cada família abre uma roça por ano e trabalham com elas abertas, sem duração precisa, em ciclos de três a quatro anos. No fim do ciclo de 15 anos, voltam para a primeira clareira, que está regenerada, onde caçam e coletam”, concluiu.
O ambiente apresentou uma autorregeneração considerável, de acordo com a análise com uma resposta adaptativa à diminuição da caça e do plantio em local único.
*Com informações da Agência Fapeam.
Fonte: noticias.ambientebrasil.com.br