Região que guarda em suas ruínas a história da ocupação de uma vasta região do Brasil, da Argentina e do Paraguai – as Missões. Território onde, ao longo dos séculos XVII e XVIII, um próspero conjunto de aldeamentos dos índios Guarani levados a cabo pelos padres jesuítas se desenvolveu.
A região foi foco de disputas que determinaram várias das características culturais e da paisagem daquela região e que tem, até os dias de hoje, um forte vínculo com a cultura dos índios Guarani, que ainda habitam a região.
O sítio de São Miguel das Missões abriga parte dos remanescentes da antiga redução Jesuítica-Guarani no local – fundada por volta de 1687- e o Museu das Missões, criação do arquiteto Lúcio Costa e inaugurado em 1940. A elevação à Patrimônio da Humanidade reconheceu seu valor histórico excepcional e, ao mesmo tempo, representou um marco na concepção de patrimônio e nas ações de preservação conduzidas pelo Iphan. O local é considerado o patrimônio mais importante do Rio Grande do Sul e é reconhecido por todos os gaúchos como parte de sua identidade.
A experiência das missões Jesuítico-Guaraní foi uma das mais significativas da história humana, e chegou a ser designada como o “triunfo da humanidade” pelo iluminista francês Voltaire. Dos trinta povos originais que ocupavam a região, sete permaneceram em território brasileiro, no Rio Grande do Sul, após o Tratado de Madri de 1750, e ficaram conhecidos como os “Sete Povos das Missões”. Os demais encontram-se espalhados pela Argentina e Paraguai.
Fonte: www.patrimoniojovem.com.br