Os indígenas organizados desde 02 de janeiro de 2010 no Acampamento Indígena Revolucionário, na Esplanada dos Ministérios, próximo ao Ministério da Justiça e defronte ao Congresso Nacional, com o apoio do
SINSEP-DF, protestam também contra o governo e a direção da Funai e só se retiram da Esplanada com a anulação do decreto 7.056.
1 de julho de 2010 – 6 horas da manhã
A polícia, sem mandato judicial, pratica uma verdadeira operação de Guerra contra o acampamento indígena AIR, entra no local com cachorros, sprays de pimenta, agredindo e insultando mulheres, crianças, idosos, no final destrói as ocas e barracas dos índios. Polícias levaram todos os pertences dos índios à força, seqüestrando até as bonecas das crianças…. De forma violenta efetuam arrastações das testemunhas e apoiadores do acampamento sem preocupação dos procedimentos legais em vigor no país;
Tal demonstração de força e de preconceitos contra os índios deixa evidente a postura do governo a respeito da questão indígena.
A qualidade do diálogo e sua consideração não surpreende as estatísticas dramáticas deste ano 2010, 192 vítimas de assassinatos, verdadeiro massacre dos povos originários do Brasil. O decreto presidencial faz parte do plano PAC para facilitar a exploração dos recursos naturais e a invasão das terras indígenas. O crime beneficia os órgãos de poder político e econômico, por isso ficou difícil para as vitimas se defenderem.
A.I.R. Declaração do 13 de julho 2010.
Comissao Direitos Humanos – Senado